Na madrugada de 25 de abril de 1974, a
capital de Portugal, foi invadida por homens e veículos que avançaram, pela
noite, ocupando vários alvos estratégicos com o intuito de derrubar o regime
vigente! A revolta originou um golpe de estado militar e pôs fim ao regime
ditatorial do Estado Novo, liderado por António de Oliveira Salazar, que
governava Portugal desde 1933.
Assim, os Portugueses conseguiram a implantação do regime democrático e a instauração da nova Constituição a 25 de abril de 1976. E eis-nos a assinalar mais um Dia da Liberdade!
Amanhã, no intervalo das 11:35, a tua rádio escolar vai emitir em direto o Recital de Poesia de Abril. Serão declamados poemas alusivos à Liberdade por vários alunos do 7º ano, das turmas D, E e F, sob a orientação da professora Luísa Figueira da Silva. Apareçam!!!
Quem
a tem...
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
Desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
E sempre a verdade vença,
Qual será ser livre aqui,
Não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
É quase um crime viver.
Mas embora escondam tudo
E me queiram cego e mudo,
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
Desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
E sempre a verdade vença,
Qual será ser livre aqui,
Não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
É quase um crime viver.
Mas embora escondam tudo
E me queiram cego e mudo,
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Jorge de Sena
Meio Abril?
Faz-me um Abril
mapa inteiro
para colorir
a vermelho
labirintos
descoloridos
onde perdidos
nos afogamos.
Faz-me um
desenho Abril janela
a explicar
esta súbita
falta de ar
e um caminho
para escapar
dela.
Tenho de ser
eu?
Não podes ser
tu a dizer por mim
não em vez de
sim
letreiro
apontando a porta
onde saio?
(Verdade?
Se não for eu
mais a minha
mão
não há Abril
inteiro
só meio Abril
não temos
canção
nem sequer há
Maio?)
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